Igreja de Deus em Cristo - Menonita

Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 1 Coríntios 3:11

Não posso ir

Não posso ir

Lição N° 8

24 janeiro 2021

Escritura relacionada: Lucas cap. 14

Texto bíblico: Lucas 14:12-24

 

Introdução

Estamos próximos ao fim do tempo e ouvimos um toque de clarim de Deus nos chamando para o avivamento. Deus nos trata com excepcional bondade, procurando preparar a noiva para o retorno de Cristo. Aguardamos seu retorno, com anseio esperançoso pelo seu banquete? Ou fazemos desculpas? Nossos antepassados espirituais tiverem seu dia e guardaram a fé, e agora aguardam a grande celebração. Mas hoje é o nosso dia. Estaremos entre os fiéis? Ou iremos por negligência, acomodação ou desinteresse pedir para sermos escusados, dizendo: “Não posso ir”?

 

Versículo chave

Respondeu ele: Não irei. Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Então o pai se dirigiu ao segundo filho e disse a mesma coisa. Respondeu ele: Eu vou, senhor, mas não foi (Mateus 21:29-30).

 

Texto bíblico

Lucas 14:12 Então Jesus disse ao que o tinha convidado: Quando deres um jantar, ou uma ceia, não convides os teus amigos, nem os teus parentes nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar e sejas recompensado.

13 Mas quando deres um banquete, convida os pobres, os aleijados, os mancos e os cegos,

14 e serás bem-aventurado. Embora eles não tenham com que te recompensar, recompensado serás na ressurreição dos justos.

15 Ouvindo isto um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus.

16 Jesus respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou a muitos.

17 Na hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, pois tudo já está preparado.

18 Mas todos à uma começaram a escusar-se. Disse-lhe o primeiro: Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Rogo-te que me dês por escusado.

19 Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, e vou experimentá-los. Rogo-te que me dês por escusado.

20 Outro disse: Casei-me, e por isso não posso ir.

21 Voltando aquele servo, anunciou estas coisas ao seu senhor. Então o dono da casa, indignado, disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade, e traze aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos.

22 Disse o servo: Senhor, está feito como mandaste, mas ainda há lugar.

23 Então disse o senhor ao servo: Sai pelos caminhos e valados e força-os a entrar, para que a minha casa se encha.

24 Eu vos digo que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.

 

Estudando a lição

A prática da hospitalidade era comum no Antigo Testamento. Os exemplos incluem Abraão, a mulher sunamita, Jó e o salmista Davi. Abraão recebeu anjos em seu lar, mesmo que de início não reconhecesse sua identidade real Lavou-lhes os pés, preparou carne fresca, sua esposa assou pães, e após a refeição os acompanhou no caminho. O Novo Testamento ensina claramente que cristãos fiéis serão hospitaleiros e graciosos nos cuidados pelos outros, tanto conhecidos como estranhos.

No Salmo 23 Davi exalta ao Senhor como hospedeiro definitivo. Ele unge nossa cabeça com óleo e cuida de nós até nosso cálice transbordar. A nossa lição descreve um hospedeiro semelhante que preparou uma grande festa e convidou muitos a participarem. Sem dúvida gastou muito planejamento e trabalho na preparação do evento planejado. Provavelmente estava preparado para lavar-lhes os pés e servi-los em tudo. Almejava ungir seus convidados com seu favor e bondade.

Que decepção quando os convidados começaram a fazer desculpas! Seus preparativos carinhosos não foram valorizados. Os convidados tinham outros interesses e coisas a fazer: avaliar uma propriedade, cuidar de bois, etc. Um era recém-casado e disse: “Não posso ir.” Sua hospitalidade carinhosa foi recusada e rejeitada por aqueles para quem havia preparado com tanto esforço.

Jesus veio a esta terra pelo povo escolhido de Deus. Viveu entre eles e ensinou-lhes por três anos. Durante este tempo escolheu doze discípulos e os instruiu sobre seu reino. Houve outros que tiveram uma visão da sua obra. Entre estes estavam Maria, Marta, Lázaro, Nicodemos e outros. Enquanto alguns judeus creram, de modo geral a nação judaica rejeitou seu Messias. Após a sua ressurreição e re-ascensão ao céu, o plano de salvação foi oferecido ao mundo inteiro, inclusive aos gentios. É principalmente dentre “os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos” e daqueles trazidos dos “caminhos e valados” que virão os convidados participantes da grande ceia do Senhor.

Verdades práticas para hoje

“Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos” (Salmo 23:5). Este versículo ilustra o que Deus faz por nós diariamente. A presença do Espírito Santo é maravilhoso; ele é um guia seguro para nossos pés ao guiar-nos até as fontes de águas vivas. A Bíblia está repleta de brilhantes joias de verdade, que nos ensinam como viver.

Vivemos num mundo que é o território inimigo por ser o domínio de Satanás. Satanás sabe que não consegue nos convencer que a Bíblia seja falsa. Ele sabe também que o relacionamento pessoal com Deus é precioso para cada um de nós. Sabe que precisamos depender absolutamente em Deus por nosso sustento. Então, o que ele faz? Tenta impedir que nos alimentemos da Santa Palavra de Deus.

A distração é uma das ferramentas mais eficazes nas mãos de Satanás. Quantas vezes ao acordarmos de manhã verificamos o celular antes de ler a Bíblia? Quantas vezes ao sentarmos para um tempo de devoção, olhamos primeiro as manchetes, verificamos os status ou olhamos a previsão do tempo? Pode ser que ainda leiamos a Bíblia e oremos, mas já fomos distraídos e nosso tempo de inspiração é desfalcado por outras coisas.

Mesmo que talvez não tenhamos verbalmente pedido para sermos escusados de participar no que o Senhor preparou, por sermos distraídos, estamos dizendo: “Desculpe-me por um momento, aqui tem algo mais importante.” O celular é apenas uma das coisas que tomam o nosso tempo e desviam nossa atenção da festa do Senhor. Atividades sociais, envolvimentos materiais e interesses recreativos também podem ser suspeitos. Para jovens cristãos, podem ser atividades esportivas.

A cada domingo confiamos que o Senhor, por intermédio do pastor, nos preparará uma festa espiritual. Um ministro fiel terá orado e estudado as Escrituras, buscando inspiração de Deus para a mensagem. Possivelmente não tenha dormido bem por causa da carga no coração; acordou-se cedo de manhã, enquanto outros ainda dormiam, para meditar e preparar seu coração para a mensagem. Tem pedido perdão a Deus pelas suas falhas passadas e está na expectativa de que Deus lhe abra a porta para apresentar a Palavra e a mensagem. Pode ter uma luta com sua carne, temendo expor suas convicções, com medo de ser visto como antiquado ou desatualizado com os tempos modernos. Mas a convicção continua pesando em seu coração.

Domingo de manhã está no púlpito, pronto para pregar, mas vários do rebanho estão ausentes. Estariam doentes? Ou foram visitar outra congregação? Ou simplesmente ficaram em casa? Muitos dos mais velhos entre nós recordam como era no tempo de criança, que ninguém da família faltava aos cultos exceto em caso de enfermidade real. Não havia desculpa válida para faltar aos cultos. Enquanto há razões legítimas que podem nos impedir de ir à igreja, a convicção da importância de fidelidade na participação dos cultos está enfraquecendo em nosso meio. Às vezes jovens ou recém-casados faltam à escola dominical, chegando logo após para o culto de adoração. É muito bom que ainda vieram, mas por que faltaram à escola dominical?

Quantas vezes podemos dizer: “Desculpe, Senhor, mas estou cansado demais para ir à igreja tão cedo,” ou “Desculpe, Senhor, mas estou ocupado com meu celular,” ou “Desculpe Senhor, mas ontem à noite foi tão divertido que dormi tarde hoje e agora tenho que me apressar nas devoções”? Quanto tempo Deus ficará escutando estas desculpas? Será que foi algo assim que aconteceu com as cinco virgens néscias? Sendo virgens, tinham a vida pura e sua doutrina era boa. Pode ser que a essência do seu despreparo foi que ficaram fazendo desculpas. Não posso ir agora; tenho outras coisas a cuidar. E a porta se fechou — para sempre!

 

Perguntas

  1. Seria um caso de “Não posso ir,” ou “Não quero ir,” ou “Simplesmente estou ocupado demais no momento”?

 

 

  1. Deus está chamando seu povo para uma renovação de propósito. Se não levo a sério este chamado, estaria com isso dizendo: “Não posso ir”?

 

 

  1. Quais as razões quando deixamos de nos sentir inspirados num tempo de devoção ou sob a pregação da Palavra?

 

 

  1. Uma atitude indiferente para com o convite de vir à “grande ceia” isso indicaria que estamos coxeando entre dois pensamentos? (leia 1 Reis 18:21).